Confira abaixo:
O piracicabano Rafael Ferraz, de 35 anos, que atua como voluntário na guerra da Ucrânia, informou ao Alerta Piracicaba que foi incorporado a uma unidade de Forças Especiais, passando a participar de operações de combate de alto risco.
O que isso significa?
As Forças Especiais são grupos militares altamente treinados, responsáveis por missões estratégicas e perigosas, como resgates, infiltrações, reconhecimento em território inimigo e combate direto em zonas de conflito intenso.
Rafael partiu de Piracicaba para a Europa no início deste ano, após se voluntariar para defender o país em guerra. Desde então, passou por um treinamento militar intensivo de seis semanas, com instruções de combate tático, armamento e sobrevivência em campo. Ele faz parte da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, grupo que reúne combatentes estrangeiros engajados na resistência contra a invasão russa.
Com formação em segurança privada e tiro esportivo, Rafael afirmou que sente a missão como um chamado pessoal. “Corre no meu sangue. Temos que lutar contra essa invasão”, declarou ao Alerta Piracicaba.
Antes de embarcar, ele se despediu de amigos durante um evento no Nauti Clube, em Piracicaba, onde organizou uma confraternização e partidas de airsoft. A decisão, segundo ele, não contou com o apoio da família, mas foi tomada por convicção pessoal.
Durante o treinamento, Rafael informou que ficará offline das redes sociais, por questões de segurança e sigilo militar, mas prometeu atualizar os seguidores assim que possível.
Combate de alto risco
Agora, com a incorporação às Forças Especiais Ucranianas, o piracicabano passa a atuar em operações de combate e reconhecimento em áreas de conflito direto, representando uma das frentes mais complexas e perigosas da guerra.
“É uma missão de vida. Vim para defender a liberdade e proteger inocentes. Sei dos riscos, mas acredito que é o certo a fazer”, concluiu.
Vale ressaltar que Rafael foi atingido por dois disparos Russos durante o conflito, na qual matou dois inimigos.
Russia e Ucrânia
A guerra entre Rússia e Ucrânia já se arrasta há mais de três anos, desde que começou em 24 de fevereiro de 2022, quando o presidente russo Vladimir Putin ordenou uma invasão em larga escala ao território ucraniano.
O conflito teve início após anos de tensões políticas e militares, marcadas pela tentativa da Ucrânia de se aproximar da União Europeia e da Otan (Aliança Militar do Ocidente), o que foi visto pelo Kremlin como uma ameaça direta à influência russa na região.
A invasão começou com ataques aéreos e terrestres em várias cidades, incluindo Kiev (a capital), Kharkiv, Mariupol e Donetsk. Em pouco tempo, milhões de civis foram forçados a deixar suas casas, e a guerra se tornou uma das mais devastadoras da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O confronto permanece sem previsão de fim, com sucessivas tentativas de cessar-fogo fracassadas e uma crescente disputa geopolítica entre o Ocidente e a Rússia.
Por Fabricio Santos